Óculos e mulheres: combinação fatal

By | 30.01.2017| 0 Comments

É verdade que desde há duas décadas ninguém sai de casa sem óculos de sol, mas já faz quase um século que este acessório de moda é sinónimo de estilo. Principalmente entre as mulheres.

Nos anos 20, os óculos redondos fizeram furor entre as classes mais favorecidas, mas a democratização deste acessório começou nos anos 30 com os clássicos óculos de aros quadrados, na versão graduada ou de sol. Na década seguinte transformaram-se em cat eye style – que nenhuma rapariga independente deixaria em casa. Nos anos 50 mantiveram a forma, mas tornaram-se mais arrojados nos tons. A cada cor de vestido o seu par de óculos! Ainda nessa década as mulheres mais avant-garde também assumiram os Aviators como opção.

Nos anos 60 o estilo cat eye tornou-se menos radical nas formas e também nos tons. O preto transformou-se numa das preferências das musas, intelectuais e artistas da época. Em paralelo, Jackie Onassis popularizou o modelo dos grandes óculos que ocupam metade do rosto, tapam as olheiras e conferem muita classe. Até hoje uma opção a considerar.

A década seguinte aproveitou o aumento da área das lentes e aros de tal forma que é discutível, se foi ou não uma opção dos designers em pleno uso das suas suas capacidades criativas e intelectuais…

Nos anos 80 as grandes dimensões continuaram a dominar os rostos das mulheres – mas de uma forma menos gritante – , em modelos muito recentemente recuperados pelos hipsters deste mundo. Até que em 90 surgiram as formais lentes e aros ovais em dourado ou prateado como que a querer compensar os excessos do passado.

E assim a moda prosseguiu. Qualquer mulher de negócios que se prezasse na década de 2000 usava óculos retangulares, de sol, ou graduados, mas sóbrios.

Todos pareciam ter ganho juízo quando a partir de 2010 a moda passou a ser permissiva e coloridos ou em grande, todos os óculos são permitidos, desde que inspirados nas décadas de 30, 60 e 70. E, mais recentemente, 90. Ou seja: tudo é possível!